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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A lenda do bispo, do garotinho e do freixo

Reza a lenda que o bispo vinha pela estrada.

Chegando à encruzilhada, encontrou com um demônio em forma de garotinho. O garotinho prometeu ao bispo uma cidade, desde que ele sacrificasse alguns cidadãos em seu altar. Fizeram um pacto e fizeram-se à estrada.

No meio do caminho encontraram um guerreiro grande como uma pedra que não queria deixá-los passar. O violento guerreiro batia em sua mulher. Quando o povo soube disso, o derrubou, liberando caminho para o bispo e o garotinho. Eles proseguiram. 

Finalmente chegaram às portas da cidade, mas um grande freixo barrava a passagem. 

O garotinho, sempre esperto como raposa, desmaterializou-se. Invisível, soprava mentiras nos ouvidos dos cidadãos: dizia que o freixo era amaldiçoado, que aquela árvore precisava ser abatida. Inventou até que o freixo poderia virar uma lula-sem-cabeça. 

Muitos gritaram contra o freixo; achavam que apenas o bispo poderia salvá-los da maldição. Outros defendiam a árvore, desconfiados das intenções do bispo que aguardava fora de seus muros. Avisaram que haviam visto um estranho garotinho ao lado do bispo; alguns acreditaram, outros fingiram que não sabiam. Alguns velhos ainda lembravam que outrora um garotinho lhes trouxera grandes desgraças, mas a maioria dos habitantes tinha memória curta, ou fingia que não lembrava, porque sentiam muito medo do freixo. Muitos estavam indecisos. 

Combinaram uma votação para decidir se derrubavam o freixo e deixavam o bispo entrar ou se mantinham a árvore e deixavam o bispo de fora. Chegou o dia da votação, então... [o velho manuscrito estava rasgado nesse ponto; cabe ao leitor imaginar o fim dessa lenda].

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