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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Perfil - Victor Hugo

Todos conhecem Victor Hugo, especialmente através de suas mais célebres obras, "Os miseráveis" e "Notre Dame de Paris" (mais conhecida como "O Corcunda de Notre Dame"). Contudo, menos famosas são as profundas relações entre o autor e a História.

De fato, a História ocupa importante papel na estética e na formulação das obras de Hugo, apaixonado adorador de Clio. Para se ter uma ideia, quando viajava, um de seus principais passatempos era percorrer ruínas de castelos pelos campos, muitas vezes sozinho. Ele podia passar um dia inteiro fazendo isso, como mostram seus biógrafos. Uma de suas mais belas peças, "Os Burgraves" nasceu justamente de passeios como esse que empreendeu em sua viagem pelo Reno: a história se passa em um  castelo, mais especificamente um dos castelos em ruínas que explorou.

Da mesma forma, era assíduo frequentador de arquivos e bibliotecas, onde passava muito tempo compulsando material para suas obras. O trabalho de elaboração de "Notre Dame de Paris" é significativo: o escritor pesquisou inúmeras fontes arquivísticas para ressuscitar a Paris do outono medieval. Aliás, é importante salientar que praticamente todos os personagens do romance existiram de verdade, uma vez que Hugo tirou seus nomes, ocupações e laços de parentesco das contas do prebostado de Paris (espécie de prefeitura da época). Apesar disso, suas respectivas personalidades foram inteiramente criadas pelo autor.

A temática histórica perpassa boa parte de sua obra, e seria impossível enumerar todos os casos. Dignas de destaque são as peças "Hernani" e "Ruy Blas", passadas na Espanha dos séculos XVI e XVII, constituindo uma espécie de "bilogia", examinando a ascensão e a decadência da casa dos Habsburgo espanhóis, sob a perspectiva de dois homens do povo, Hernani e Ruy Blas.

Também é interessante o belíssimo romance "Quatre-vingt-treize", ou "Noventa e três", que aborda o crucial ano de 1793, onde a Revolução Francesa atingiu seu ápice de popularização, culminando no Terror. A narrativa é centrada em três marcantes personagens, apaixonados por seus ideais: Cimourdain, padre extremista, entusiasta revolucionário; o marquês de Lantenac, implacável líder reacionário e o jovem militar Gauvain, oriundo da nobreza, porém defensor da Revolução. Cuidadosamente pesquisado, o livro é um verdadeiro compêndio sobre a Revolução Francesa.

Por fim, é impossível ignorar "A lenda dos séculos", a mais longa antologia poética do autor, onde aborda toda a trajetória humana, desde as origens míticas até o século XIX (e o futuro), propondo instigantes reflexões sobre o homem e a sua caminhada.

Concluindo, Victor Hugo é leitura obrigatória para todo historiador!

3 comentários:

Fabiana Esteves disse...

Confesso que não sou muito fâ de História, mas como amo literatura, já me animei a procurar alguns títulos da obra de Victor Hugo...

Ana disse...

E a peça que vc vai traduzir pra gente montar? Como é o nome mesmo?
Adorei o fundo de livros sem título do seu blog!
Abraços

Luiz Fabiano de Freitas Tavares disse...

Procure sim, Fabiana, ele é maravilhoso. Pra você que gosta de poesia, um dos melhores é "As contemplações", além do citado "A lenda dos séculos".

Também gostei muito desse template, Ana, foi amor à primeira vista!rs A peça de que tinha falado é "Ruy Blas".
Abração!