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sábado, 26 de março de 2011

Mitologia e narrativa na sala de aula

É provável que desde tempos imemoriais o homem pré-histórico se reunisse para contar e ouvir histórias, narrativas de caçadas e mitos sobre a vida, a natureza e o mundo ao seu redor. Esse gesto vem se repetindo ao longo de incontáveis séculos em todos os climas e lugares, com renovado prazer.

Cada vez mais tenho percebido as vantagens de retomar esse "ritual" em sala de aula. A contação de histórias de época, especialmente mitos e lendas desperta a atenção e a curiosidade dos alunos, capturando-os pela imaginação e pela sensibilidade. Acima de tudo, esse recurso aproxima os estudantes do imaginário, dos valores, do modo de pensar e sentir de culturas de outrora.

Na verdade, cada uma dessas histórias contém um mundo em si mesma, tornando muito interessante a análise posterior dos elementos da narrativa. De certo modo, trata-se de uma forma alternativa de investigação de fonte primária. Além disso, a história exemplifica muitos conteúdos, corporificando conceitos mais abstratos da disciplina. Inúmeros aspectos da vida social estão presentes nessas narrativas: relações familiares, relações de poder e trabalho, práticas e crenças religiosas, hierarquias sociais, entre outros.

Curiosamente, muitas turmas se mostram mais interessadas pela contação de histórias que por aulas elaboradas com recursos audiovisuais mais sofisticados, talvez pela atmosfera de calor humano e compartilhamento criada pela narrativa oral.

Entre as narrativas que já usei em sala de aula destaco a canção dos nibelungos, para trabalhar Alta Idade Média, a lenda de Roberto do Diabo, para abordar Baixa Idade Média, o mito de Gilgamesh, discutindo antiga Mesopotâmia ou a história de João de Calais, trabalhando as navegações.

3 comentários:

Jougi disse...

Fala, Tavares!
Com certeza a "contação" de histórias é muito eficaz!
Gosto muito de fazer com eles o exercício de "colocá-los", através da narrativa, no lugar de grupos sociais ou atores históricos. Costuma funcionar!

Existe, inclusive, uma série de livros muito interessante pra esse tipo de trablho: "como seria a sua vida..." (tem no Egito Antigo, na Idade Média...)

Grande abraço!

Gostei do blog!

Belle disse...

Oi, Luiz...
Sim, é verdade... as histórias despertam muito a curiosidade deles ficam na memória, tanto que todas as turmas que peguei de você se lembram bem das histórias, o que não é muito normal hoje em dia. Parece que depois das férias esquecem tudo que aprenderam, principalmente quando se trata de conteúdo. Acho que essa é a grande dificuldade dos professores: fazer com que os alunos levem adiante os conhecimentos já adquiridos. Ideal seria que as duas coisas viessem juntas, o sensível e o prático, o lúdico e o político, mas essa receita eu ainda não aprendi! rs... tudo pra mim ainda é experimentação. Ainda sinto necessidade de trocar muita figurinha e acho que esse blog será um bom canal.

Seu amigo aí de cima me deu o nome de um livro do qual eu estava tentando me lembrar à séculos! :D :D :D

Gostei muito, de tudo!

Abraço.
Isabelle Vieira

Luiz Fabiano de Freitas Tavares disse...

Experiência a gente só pode adquirir com o tempo, né? Tenho certeza que você já se sente mais segura esse ano que no ano passado. Acho que com o tempo o professor vai percebendo quais são seus pontos fortes (e fracos) e refinando a atuação profissional. Ainda temos muito caminho pela frente, né, colegas? Estamos apenas engatinhando...

Grande abraço pros dois!